Biblioteca Clóvis Vergara Marques: mudanças entre as edições

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== Composição do acervo ==
== Composição do acervo ==
Dados de 2020, informados pela biblioteca, contabilizam o acervo em mais de 15 mil exemplares, sendo eles divididos nas seguintes categorias de materiais:
*Livros
*TCCs
*Periódicos
*Livros eletrônicos
*Analíticas
*Folhetos
*Catálogos
*Artigos
*Normas Técnicas
*Músicas (gravação de som)
*DVDs
*Gravações de vídeo
*Mapas
*CDs
*Disquetes
*Teses
*Dissertações
A biblioteca ainda possui a assinatura de duas bibliotecas digitais: a Minha Biblioteca e a Biblioteca Virtual, além de alimentar o Repositório Institucional do IFRS. Por conta de projetos de acessibilidade o acervo também conta com Áudio Livros e Livros em Braille.


== Cobertura de assuntos ==
== Cobertura de assuntos ==
A cobertura de assuntos da biblioteca é definida, primariamente, pelos cursos oferecidos pelo IFRS Campus Porto Alegre, levando em consideração os PPCs dos cursos e outras temáticas periféricas. Atualmente, os cursos oferecidos pela instituição são:
'''Cursos Técnicos Subsequentes'''
*Curso Técnico em Administração
*Curso Técnico em Biblioteconomia
*Curso Técnico em Biotecnologia
*Curso Técnico em Contabilidade
*Curso Técnico em Instrumento Musical
*Curso Técnico em Meio Ambiente
*Curso Técnico em Panificação
*Curso Técnico em Química
*Curso Técnico em Redes de Computadores
*Curso Técnico em Secretariado
*Curso Técnico em Segurança do Trabalho
*Curso Técnico em Transações Imobiliárias
'''Cursos Técnicos Integrados'''
*PROEJA - Técnico em Administração
'''Cursos Superiores'''
*Curso Superior de Licenciatura em Ciências da Natureza: Biologia e Química
*Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental
*Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais
*Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet
'''Cursos de Pós-Graduação'''
*Mestrado Profissional em Informática na Educação (MPIE)
*Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT)
*Curso de Especialização em Gestão Empresarial (GEM)
*Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (ProfNit)
Além dos assuntos que envolvem diretamente os cursos do IFRS POA, a biblioteca possui cobertura de assuntos de literatura, música, saúde, entre outros assuntos.


== Serviços ==
== Serviços ==
A BCVM possui uma ampla gama de serviços para atender a comunidade acadêmica:
*Consulta local ao acervo;
*Empréstimo domiciliar;
*Auxílio em pesquisas bibliográficas;
*Disseminação seletiva da informação;
*Acesso local e remoto ao portal de periódicos da CAPES;
*Consultas, renovações e reservas online;
*Acesso à internet sem fio;
*Computadores para realização de pesquisas e trabalhos acadêmicos;
*Auxílio em normalização bibliográfica;
*Capacitações para o acesso e uso de fontes de informações eletrônicas e elaboração de trabalhos de conclusão de curso.
= Indexação =
Nesta seção são constam os apontamentos sobre a capacidade de revocação e precisão do sistema, especificidade e exaustividade, formação do indexador, procedimentos relacionados à indexação e sobre a elaboração do manual de indexação. Foram utilizados como fontes para elaboração desta política a Política de indexação do Sistema de Bibliotecas da FURG, o Manual de Catalogação do IFSP e o Manual de Política de Indexação para as Bibliotecas da UFG.
== Capacidade de revocação e precisão do sistema ==
A precisão é a capacidade que um sistema possui de filtrar documentos que não são úteis para tal pesquisa. A revocação é a capacidade que um sistema tem de de recuperar documentos úteis para tal pesquisa. Esses dois elementos podem contribuir para a avaliação da indexação.
== Especificidade e exaustividade ==
Os conceitos de especificidade e exaustividade estão diretamente ligados à recuperação da informação. A exaustividade está diretamente ligada ao processo de de análise de assunto e identificação de conceitos; a especificidade está diretamente ligada à fase de tradução desses conceito para a linguagem documentária escolhida para a indexação. Na BCVM, dá-se maior importância à especificidade dos conceitos, considerando as diversas áreas do conhecimento que abrange e os diversos tipos de material.
== Formação do indexador ==
Para que o processo de indexação ocorra de maneira fluida e consistente, é preciso que o indexador possua conhecimentos teórico-metodológicos específicos
sobre leitura documentária, além de conhecer profundamente as áreas e temáticas contidas na biblioteca e as diferentes necessidades dos usuários. Pra que essa formação seja contínua, a biblioteca será responsável por, periodicamente, realizar ou indicar formações complementares para a equipe.
== Procedimentos relacionados à indexação ==
A seguir serão descritos as três etapas de indexação, Análise Conceitual, Identificação dos Conceitos e Tradução dos Conceitos, baseados no que determina a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 12676 de 1992.
'''Análise Conceitual'''
A análise conceitual é a primeira etapa do processo de indexação, e deve ser realizada a partir de uma leitura técnica do item a ser indexado. Durante essa leitura, o bibliotecário identificará os elementos que aparecem no item e dos quais fará uso para dar sequência ao procedimento de indexação. Podemos definir estes elementos em três tipos:
*Elementos pré-textuais: são os elementos que precedem o texto principal do item. Como exemplos temos a folha de rosto, que geralmente contém o título e o subtítulo da obra e sua ficha catalográfica e o sumário, onde estão descritos os capítulos e organização da obra.
*Elementos textuais: compõem o texto principal da obra. Como exemplos temos a introdução, que apresenta a obra e a temática a ser discutida, o desenvolvimento, é o conteúdo da publicação e a conclusão, considerações finais e fechamento da discussão ou temática trazida.
*Elementos pós-textuais: são os elementos que finalizam a obra. Como exemplos temos os posfácios, que são textos que destacam informações relevantes após a
finalização do trabalho concluído e as referências, onde constam as fontes citadas e utilizadas pelo autor nas suas elaborações durante a obra.
A partir da leitura destes elementos, o bibliotecário poderá definir a temática e o enredo geral da publicação. É importante salientar que é preciso fazer a leitura conjunta destes elementos, já que uma análise isolada, em muitos casos, pode não representar o conteúdo do documento em sua totalidade.
'''Identificação dos Conceitos'''
Finalizada a leitura técnica e a identificação da temática e do assunto geral, é na segunda etapa em que o bibliotecário define quais são os assuntos principais e os assuntos secundários contidos na obra. Para tanto, o bibliotecário deve estar atento à três perguntas importantes definidas por Lancaster (2004):
*Do que trata esse documento?
*Por que este item foi incorporado ao acervo?
*Quais dos aspectos observados serão de interesse para os usuários?
É importante observar que nem todos os conceitos identificados neste momento serão selecionados, portanto, deve haver uma sistematização dos conceitos para que se adequem ao máximo às necessidades dos usuários e para que façam sentido na tradução da indexação.
'''Tradução dos Conceitos'''
É neste momento, na terceira e última etapa, que o bibliotecário converte os conceitos para a linguagem documentária adotada pela biblioteca. As linguagens
documentárias utilizadas pela BCVM são a Classificação Decimal Universal (CDU) e o Vocabulário Controlado da USP.
== Manual de indexação ==
O desenvolvimento de um manual de indexação auxilia na criação de parâmetros que nortearão o processo de análise conceitual, atribuição de termos para a indexação e preenchimento das informações no software de gestão, amparando a equipe envolvida no uso destes parâmetros definidos. Assim, o processo de indexação se torna mais objetivo, descomplicado e preciso, mantendo uma padronização e auxiliando bibliotecários no dia-a-dia da biblioteca. '''O manual pode ser consultado [https://drive.google.com/file/d/1LhbhYKAV7IjGo28b__ZokCUoo92bTL1g/view?usp=sharing aqui]'''.
= Linguagem Documentária =
A seguir serão descritas a escolha da linguagem utilizada pela BCVM, a consistência e uniformidade e a adequação.
== Escolha da linguagem ==
A linguagem para classificação utilizada pela BCVM é a Classificação Decimal Universal (CDU). A escolha se dá pela maior flexibilidade na construção da classificação, se comparada com a Classificação Decimal de Dewey (CDD), por exemplo. Por possuir temáticas extensas e complexas, entende-se que a CDU pode abranger mais assuntos em sua composição. Como linguagem controlada a BCVM escolheu utilizar o Vocabulário Controlado construído pela Universidade de São Paulo (USP). Por ser um portal de acesso público e que consta com mais de 47 mil termos, considera-se que o Vocabulário é um suporte interessante para a BCVM.
== Consistência e uniformidade ==
Visando a consistência e a uniformidade da indexação, a BCVM utiliza como suporte o Vocabulário Controlado da USP, segundo o portal do VC: "Por representar várias áreas do conhecimento o Vocabulário é diversificado e abrangente e pode ser utilizado para a representação do conteúdo de recursos de informação de diferentes sistemas de informação, mas seu foco está em conteúdos voltados para o ensino superior e contextos de pesquisa."
== Adequação ==
A adequação determina a capacidade do indexador em definir o assunto e sua tradução adequadamente. Para tanto, além de consultar o Vocabulário Controlado, o contato com outros bibliotecários do SiBIFRS ou de outras instituições de ensino superior é de extrema importância quando surgirem dilemas ou necessidade de discussão sobre determinados termos.
= Sistema de busca e recuperação por assunto =
O sistema de busca utilizado pela BCVM é o Catálogo do Pergamum, onde é possível consultar os materiais físicos, bases de dados, ebooks e outros materiais indexados pela biblioteca.
== Campos de assunto do formato MARC ==
Na indexação de assuntos, a BCVM utiliza principalmente o campo 650 (Assunto, tópico), bem como os campos 600 (Assunto, nome
pessoal) e 610 (Assunto, entidade) quando necessária complementariedade. Casos específicos devem ser discutidos entre a equipe de indexação. Os demais campos MARC utilizados pela BCVM estão descritos no Manual de Indexação, anexado anteriormente.
== Capacidade de consulta a esmo e estratégias de busca==
A consulta ao acervo da BCVM é feita pelo Catálogo do Pergamum, onde é possível filtrar a busca por palavra ou índice, além de título, assunto, autor e livre. Também é possível filtrar as buscas por ordenação, ano de publicação, unidade de informação, tipo de obra e coleção. Também é possível utilizar os operadores booleanos para as consultas.
= Avaliação =
A elaboração da Política de Indexação propõe a organização e parametrização do processo de indexação dentro da Biblioteca Clóvis Vergara Marques, visando diminuir as inconsistências no processo de indexação. As decisões e procedimentos descritos na política e no manual não são definitivos e devem ser
periodicamente revisados pela equipe e feitas as alterações necessárias.
= Bibliografia e referências utilizadas =
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12676:
métodos para análise de documentos: determinação de seus assuntos e
seleção de termos de indexação: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.
CÓDIGO de catalogação anglo-americano. Preparado sob a direção do Joint
Steering Committee for Revision of AACR2. 2. ed. rev. 2002. São Paulo:
FEBAB, 2004.
CUNHA, C. et al. Política de indexação do Sistema de Bibliotecas da
Universidade Federal do Rio Grande. Rio Grande: FURG, 2019. 15p.
Disponível em:
https://biblioteca.furg.br/images/Manual_de_indexacao_SiB_062019.pdf.
Acesso em: 10 jul. 2023.
INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO. Manual de Catalogação. São Paulo:
IFSP, 2017. 74 p. Disponível em:
https://bri.ifsp.edu.br/phocadownload/Biblioteca/2018/Portaria_1246_Manual_d
e_Catalogacao.pdf. Acesso em: 10 jul. 2023.
LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. Tradução de
Antonio Agenor Briquet de Lemos. 2. ed. rev. atual. Brasília, DF: Briquet de
Lemos, 2004.
MARANHÃO, A. M. N.; MENDONÇA, M. L. S. MARC 21: Formato Bibliográfico.
Rio de Janeiro: PUC - Divisão de Bibliotecas e Documentação, 2008.
Disponível em: http://www.dbd.puc-rio.br/MARC21/index.html. Acesso em: 10
jul. 2023.
SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UFG: Manual de Política de Indexação para
as Bibliotecas da UFG. Goiânia, 2018. 49 p. Disponível em:
https://www.bc.ufg.br/up/88/o/Manual_Politica_SIBi_UFG.pdf. Acesso em: 10
jul. 2023.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Vocabulário Controlado da USP. Disponível
em: https://www.abcd.usp.br/portfolio/produtos/vocabulario-controlado-usp/.
Acesso em: 10 jul. 2023.

Edição atual tal como às 23h15min de 16 de julho de 2023

Apresentação

Sobre o IFRS

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) foi criado em 29 de dezembro de 2008, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a partir da lei 11.8921 que instituiu a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todo o Brasil. Como constam as informações retiradas do site da instituição, atualizadas em 2022, o IFRS caracteriza-se como “uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC)” e possui “prerrogativas como autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-científica e disciplinar”. O Campus Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul conta hoje com 16 cursos técnicos, quatro cursos superiores, quatro cursos de pós- graduação, além de contemplar projetos de extensão, pesquisa, ensino, PROEJA, entre outros. É nesse contexto educacional amplo e diverso que está inserida a Biblioteca Clóvis Vergara Marques.

Sobre a Biblioteca

Fundada inicialmente em 1983 junto à antiga Escola Técnica, e instalada oficialmente no mezanino (sobreloja) do prédio do IFRS Campus Porto Alegre em 16 de outubro de 2014, a biblioteca recebe este nome em homenagem ao professor e diretor da Escola Técnica por 22 anos, Clóvis Vergara Marques. Hoje a biblioteca contempla um espaço de mais de 340m2, composto por livros, fitas de vídeo, CDs, DVDs, etc., além de dar acesso a mesas de estudo e computadores para consultas.

Organograma

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Missão, Visão e Valores

  • Missão: Unidade de informação acadêmica que incentiva a geração e o uso de informações técnicas e científicas de interesse para as áreas foco do IFRS Campus Porto Alegre e que contribui para a preservação da produção intelectual da instituição.
  • Visão: A BCVM tem como visão ser centro de referência e excelência na gestão e disseminação da informação técnica e científica impulsionando a inovação, o ensino, a pesquisa e a extensão, aproveitando os recursos disponibilizados pelas novas tecnologias.
  • Valores:
    • Ética;
    • Respeito;
    • Equidade;
    • Qualidade;
    • Acessibilidade;
    • Solidariedade;
    • Responsabilidade Social;
    • Conhecimento e Inovação;
    • Liderança e gestão participativa e descentralizada.

Localização

A biblioteca é localizada no Campus Porto Alegre do IFRS, Rua Cel. Vicente, 281, Centro Histórico, na Sala 117, 1° andar Torre Norte.

Horário de Funcionamento

Seu horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 8h às 21h.

Identificação dos Usuários

A biblioteca tem como público alvo estudantes, professores, pesquisadores, servidores e comunidade acadêmica do Campus Porto Alegre , além de ser aberta ao público externo. Atende aos diversos níveis de formação presentes no Campus Porto Alegre, desde o PROEJA e os cursos técnicos até a pós-graduação, além da pesquisa, ensino e extensão. Por ser uma instituição pública, com cursos desde nível médio/Educação de Jovens e Adultos (EJA) até à pós-graduação e com diversas formas de ingresso, seja pelo Enem, SiSU, vestibular e com o apoio de cotas, a comunidade interna e externa do IFRS é bastante diversa em identidade de gênero, faixa etária, classe social, raça, nível de letramento informacional, nível de formação etc.

Áreas de interesse

O Campus Porto Alegre do IFRS conta hoje com 16 cursos técnicos, quatro cursos superiores, quatro cursos de pós- graduação, além de contemplar projetos de extensão, pesquisa, ensino, PROEJA, entre outros. Por ser considerada uma biblioteca híbrida e abarcar materiais de diversos níveis de formação e de áreas do conhecimento diversas, a biblioteca possui materiais em todas as grandes áreas do conhecimento definidas pela CAPES (Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Linguísticas, Letras e Artes e Multidisciplinar).

Recursos

A seguir serão descritos os recursos de infraestrutura, materiais e humanos que a Biblioteca Clóvis Vergara Marques possui.

Infraestrutura

A biblioteca possui um espaço total de 374,72m², dispõe de sala para o acervo, salão de estudos, sala para processamento técnico e preparo dos materiais para a circulação e hall de entrada com espaço para estudo, guarda-volumes e balcão de atendimento/referência.

Embora ainda sejam necessárias adequações quanto à acessibilidade no espaço, a organização do mobiliário foi pensada visando possibilitar a circulação de usuários cadeirantes entre as estantes. As salas de estudos estão localizadas ambientes externos a BCVM e dispõem de mesas e assentos para estudo em grupo. A BCVM oferece a seus usuários acesso à Internet, por meio de três terminais de computadores para pesquisa na Web.

Os espaços para estudos individuais estão disponíveis junto ao acervo, por ser o ambiente que permite mais privacidade para estudo na Biblioteca. No hall de entrada, os usuários têm à sua disposição, um computador exclusivo para consulta ao catálogo Pergamum do SiBIFRS, renovações e reservas, cinco mesas de estudo coletivo, com 20 assentos.

Materiais

O orçamento do IFRS e, consequentemente, o orçamento determinado para cada campi e seus setores é definido anualmente pela Lei Orçamentária Anual (LOA), que deve ser aprovada pelo Congresso Nacional até o final do ano anterior ao de sua vigência. Dessa forma, o orçamento definido para a biblioteca varia bastante dependendo da direção do campus em questão, da reitoria e também das definições orçamentárias definidas pelo Congresso para o ano vigente. Esse processo burocrático torna um pouco mais complexa a compra de materiais e manutenção de serviços, sendo extremamente necessário que se mantenha atualizado um plano das necessidades primárias e secundárias da biblioteca, conhecer as rotinas de licitações da instituição.

Humanos

Os servidores da biblioteca estão subordinados diretamente à Direção do Campus. A equipe, hoje, conta com cinco servidores, sendo duas bibliotecárias e um bibliotecário, e duas auxiliares.

  • Suzinara da Rosa Feijó - Bibliotecária Coordenadora
  • Debora Cristina Daenecke Albuquerque Moura - Bibliotecária
  • Filipe Xerxenieske Silviera - Bibliotecário
  • Juliane Ronange Silva Paim - Auxiliar de Biblioteca
  • Rosangela Carvalho Rosa - Auxiliar de Biblioteca

Política de Indexação

Cobertura temática

Como citado anteriormente nesta Política, por ser uma biblioteca híbrida e com diversos cursos a serem atendidos, a BCVM possui materiais que contemplam todas as grandes áreas da CAPES.

  • Ciências Exatas e da Terra
  • Ciências Biológicas
  • Engenharias
  • Ciências da Saúde
  • Ciências Agrárias
  • Ciências Sociais Aplicadas
  • Ciências Humanas
  • Linguísticas
  • Letras e Artes
  • Multidisciplinar

Essa cobertura temática é feita através dos materiais disponíveis fisicamente na biblioteca e também com os acessos às bibliotecas digitais, bases de dados, repositórios e demais materiais online.

Composição do acervo

Dados de 2020, informados pela biblioteca, contabilizam o acervo em mais de 15 mil exemplares, sendo eles divididos nas seguintes categorias de materiais:

  • Livros
  • TCCs
  • Periódicos
  • Livros eletrônicos
  • Analíticas
  • Folhetos
  • Catálogos
  • Artigos
  • Normas Técnicas
  • Músicas (gravação de som)
  • DVDs
  • Gravações de vídeo
  • Mapas
  • CDs
  • Disquetes
  • Teses
  • Dissertações

A biblioteca ainda possui a assinatura de duas bibliotecas digitais: a Minha Biblioteca e a Biblioteca Virtual, além de alimentar o Repositório Institucional do IFRS. Por conta de projetos de acessibilidade o acervo também conta com Áudio Livros e Livros em Braille.

Cobertura de assuntos

A cobertura de assuntos da biblioteca é definida, primariamente, pelos cursos oferecidos pelo IFRS Campus Porto Alegre, levando em consideração os PPCs dos cursos e outras temáticas periféricas. Atualmente, os cursos oferecidos pela instituição são:

Cursos Técnicos Subsequentes

  • Curso Técnico em Administração
  • Curso Técnico em Biblioteconomia
  • Curso Técnico em Biotecnologia
  • Curso Técnico em Contabilidade
  • Curso Técnico em Instrumento Musical
  • Curso Técnico em Meio Ambiente
  • Curso Técnico em Panificação
  • Curso Técnico em Química
  • Curso Técnico em Redes de Computadores
  • Curso Técnico em Secretariado
  • Curso Técnico em Segurança do Trabalho
  • Curso Técnico em Transações Imobiliárias

Cursos Técnicos Integrados

  • PROEJA - Técnico em Administração

Cursos Superiores

  • Curso Superior de Licenciatura em Ciências da Natureza: Biologia e Química
  • Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental
  • Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais
  • Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet

Cursos de Pós-Graduação

  • Mestrado Profissional em Informática na Educação (MPIE)
  • Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT)
  • Curso de Especialização em Gestão Empresarial (GEM)
  • Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (ProfNit)

Além dos assuntos que envolvem diretamente os cursos do IFRS POA, a biblioteca possui cobertura de assuntos de literatura, música, saúde, entre outros assuntos.

Serviços

A BCVM possui uma ampla gama de serviços para atender a comunidade acadêmica:

  • Consulta local ao acervo;
  • Empréstimo domiciliar;
  • Auxílio em pesquisas bibliográficas;
  • Disseminação seletiva da informação;
  • Acesso local e remoto ao portal de periódicos da CAPES;
  • Consultas, renovações e reservas online;
  • Acesso à internet sem fio;
  • Computadores para realização de pesquisas e trabalhos acadêmicos;
  • Auxílio em normalização bibliográfica;
  • Capacitações para o acesso e uso de fontes de informações eletrônicas e elaboração de trabalhos de conclusão de curso.

Indexação

Nesta seção são constam os apontamentos sobre a capacidade de revocação e precisão do sistema, especificidade e exaustividade, formação do indexador, procedimentos relacionados à indexação e sobre a elaboração do manual de indexação. Foram utilizados como fontes para elaboração desta política a Política de indexação do Sistema de Bibliotecas da FURG, o Manual de Catalogação do IFSP e o Manual de Política de Indexação para as Bibliotecas da UFG.

Capacidade de revocação e precisão do sistema

A precisão é a capacidade que um sistema possui de filtrar documentos que não são úteis para tal pesquisa. A revocação é a capacidade que um sistema tem de de recuperar documentos úteis para tal pesquisa. Esses dois elementos podem contribuir para a avaliação da indexação.

Especificidade e exaustividade

Os conceitos de especificidade e exaustividade estão diretamente ligados à recuperação da informação. A exaustividade está diretamente ligada ao processo de de análise de assunto e identificação de conceitos; a especificidade está diretamente ligada à fase de tradução desses conceito para a linguagem documentária escolhida para a indexação. Na BCVM, dá-se maior importância à especificidade dos conceitos, considerando as diversas áreas do conhecimento que abrange e os diversos tipos de material.

Formação do indexador

Para que o processo de indexação ocorra de maneira fluida e consistente, é preciso que o indexador possua conhecimentos teórico-metodológicos específicos sobre leitura documentária, além de conhecer profundamente as áreas e temáticas contidas na biblioteca e as diferentes necessidades dos usuários. Pra que essa formação seja contínua, a biblioteca será responsável por, periodicamente, realizar ou indicar formações complementares para a equipe.

Procedimentos relacionados à indexação

A seguir serão descritos as três etapas de indexação, Análise Conceitual, Identificação dos Conceitos e Tradução dos Conceitos, baseados no que determina a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na NBR 12676 de 1992.

Análise Conceitual

A análise conceitual é a primeira etapa do processo de indexação, e deve ser realizada a partir de uma leitura técnica do item a ser indexado. Durante essa leitura, o bibliotecário identificará os elementos que aparecem no item e dos quais fará uso para dar sequência ao procedimento de indexação. Podemos definir estes elementos em três tipos:

  • Elementos pré-textuais: são os elementos que precedem o texto principal do item. Como exemplos temos a folha de rosto, que geralmente contém o título e o subtítulo da obra e sua ficha catalográfica e o sumário, onde estão descritos os capítulos e organização da obra.
  • Elementos textuais: compõem o texto principal da obra. Como exemplos temos a introdução, que apresenta a obra e a temática a ser discutida, o desenvolvimento, é o conteúdo da publicação e a conclusão, considerações finais e fechamento da discussão ou temática trazida.
  • Elementos pós-textuais: são os elementos que finalizam a obra. Como exemplos temos os posfácios, que são textos que destacam informações relevantes após a

finalização do trabalho concluído e as referências, onde constam as fontes citadas e utilizadas pelo autor nas suas elaborações durante a obra.

A partir da leitura destes elementos, o bibliotecário poderá definir a temática e o enredo geral da publicação. É importante salientar que é preciso fazer a leitura conjunta destes elementos, já que uma análise isolada, em muitos casos, pode não representar o conteúdo do documento em sua totalidade.

Identificação dos Conceitos

Finalizada a leitura técnica e a identificação da temática e do assunto geral, é na segunda etapa em que o bibliotecário define quais são os assuntos principais e os assuntos secundários contidos na obra. Para tanto, o bibliotecário deve estar atento à três perguntas importantes definidas por Lancaster (2004):

  • Do que trata esse documento?
  • Por que este item foi incorporado ao acervo?
  • Quais dos aspectos observados serão de interesse para os usuários?

É importante observar que nem todos os conceitos identificados neste momento serão selecionados, portanto, deve haver uma sistematização dos conceitos para que se adequem ao máximo às necessidades dos usuários e para que façam sentido na tradução da indexação.

Tradução dos Conceitos

É neste momento, na terceira e última etapa, que o bibliotecário converte os conceitos para a linguagem documentária adotada pela biblioteca. As linguagens documentárias utilizadas pela BCVM são a Classificação Decimal Universal (CDU) e o Vocabulário Controlado da USP.

Manual de indexação

O desenvolvimento de um manual de indexação auxilia na criação de parâmetros que nortearão o processo de análise conceitual, atribuição de termos para a indexação e preenchimento das informações no software de gestão, amparando a equipe envolvida no uso destes parâmetros definidos. Assim, o processo de indexação se torna mais objetivo, descomplicado e preciso, mantendo uma padronização e auxiliando bibliotecários no dia-a-dia da biblioteca. O manual pode ser consultado aqui.

Linguagem Documentária

A seguir serão descritas a escolha da linguagem utilizada pela BCVM, a consistência e uniformidade e a adequação.

Escolha da linguagem

A linguagem para classificação utilizada pela BCVM é a Classificação Decimal Universal (CDU). A escolha se dá pela maior flexibilidade na construção da classificação, se comparada com a Classificação Decimal de Dewey (CDD), por exemplo. Por possuir temáticas extensas e complexas, entende-se que a CDU pode abranger mais assuntos em sua composição. Como linguagem controlada a BCVM escolheu utilizar o Vocabulário Controlado construído pela Universidade de São Paulo (USP). Por ser um portal de acesso público e que consta com mais de 47 mil termos, considera-se que o Vocabulário é um suporte interessante para a BCVM.

Consistência e uniformidade

Visando a consistência e a uniformidade da indexação, a BCVM utiliza como suporte o Vocabulário Controlado da USP, segundo o portal do VC: "Por representar várias áreas do conhecimento o Vocabulário é diversificado e abrangente e pode ser utilizado para a representação do conteúdo de recursos de informação de diferentes sistemas de informação, mas seu foco está em conteúdos voltados para o ensino superior e contextos de pesquisa."

Adequação

A adequação determina a capacidade do indexador em definir o assunto e sua tradução adequadamente. Para tanto, além de consultar o Vocabulário Controlado, o contato com outros bibliotecários do SiBIFRS ou de outras instituições de ensino superior é de extrema importância quando surgirem dilemas ou necessidade de discussão sobre determinados termos.

Sistema de busca e recuperação por assunto

O sistema de busca utilizado pela BCVM é o Catálogo do Pergamum, onde é possível consultar os materiais físicos, bases de dados, ebooks e outros materiais indexados pela biblioteca.

Campos de assunto do formato MARC

Na indexação de assuntos, a BCVM utiliza principalmente o campo 650 (Assunto, tópico), bem como os campos 600 (Assunto, nome pessoal) e 610 (Assunto, entidade) quando necessária complementariedade. Casos específicos devem ser discutidos entre a equipe de indexação. Os demais campos MARC utilizados pela BCVM estão descritos no Manual de Indexação, anexado anteriormente.

Capacidade de consulta a esmo e estratégias de busca

A consulta ao acervo da BCVM é feita pelo Catálogo do Pergamum, onde é possível filtrar a busca por palavra ou índice, além de título, assunto, autor e livre. Também é possível filtrar as buscas por ordenação, ano de publicação, unidade de informação, tipo de obra e coleção. Também é possível utilizar os operadores booleanos para as consultas.

Avaliação

A elaboração da Política de Indexação propõe a organização e parametrização do processo de indexação dentro da Biblioteca Clóvis Vergara Marques, visando diminuir as inconsistências no processo de indexação. As decisões e procedimentos descritos na política e no manual não são definitivos e devem ser periodicamente revisados pela equipe e feitas as alterações necessárias.

Bibliografia e referências utilizadas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12676: métodos para análise de documentos: determinação de seus assuntos e seleção de termos de indexação: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

CÓDIGO de catalogação anglo-americano. Preparado sob a direção do Joint Steering Committee for Revision of AACR2. 2. ed. rev. 2002. São Paulo: FEBAB, 2004.

CUNHA, C. et al. Política de indexação do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande. Rio Grande: FURG, 2019. 15p. Disponível em: https://biblioteca.furg.br/images/Manual_de_indexacao_SiB_062019.pdf. Acesso em: 10 jul. 2023.

INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO. Manual de Catalogação. São Paulo: IFSP, 2017. 74 p. Disponível em: https://bri.ifsp.edu.br/phocadownload/Biblioteca/2018/Portaria_1246_Manual_d e_Catalogacao.pdf. Acesso em: 10 jul. 2023.

LANCASTER, F. W. Indexação e resumos: teoria e prática. Tradução de Antonio Agenor Briquet de Lemos. 2. ed. rev. atual. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2004.

MARANHÃO, A. M. N.; MENDONÇA, M. L. S. MARC 21: Formato Bibliográfico. Rio de Janeiro: PUC - Divisão de Bibliotecas e Documentação, 2008. Disponível em: http://www.dbd.puc-rio.br/MARC21/index.html. Acesso em: 10 jul. 2023.

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