Espaço Imaginário Marisa Monte: mudanças entre as edições

De SC4
Ir para navegação Ir para pesquisar
Linha 36: Linha 36:
   
   
==== USO ====
==== USO ====
A primeira diretriz a ser considerada na elaboração de uma Política de Indexação é a motivação pela qual o usuário acessará o catálogo bibliográfico.  Está disposto claramente que o elemento '''uso'''  diz respeito diretamente à identificação das características do usuário e de suas necessidades informacionais. Coincidência, ou não, tal diretriz resgata o usuário como elemento primordial para a atividade de indexação, e remete à três das leis de Ranganathan. São elas:  a lei 2, a cada leitor seu livro; a lei 3, a cada livro seu leitor; e a lei 4, poupe o tempo do leitor. E um pouco mais adiante nos primórdios históricos dos estudos biblioteconômicos, os princípios básicos elaborados por Charles Ammi Cutter, o princípio do uso. O princípio do uso diz que as descrições dos assuntos devem ser feitas da forma usada pelo consulente e, por conseguinte, orienta a indexação em direção ao atendimento da necessidade do usuário.  É da estratégia de busca (o acesso e o uso da informação disseminada) - os termos usados pelo usuário nesta ação - que os termos adequados para indexação em um sistema de informação devem ser coletados ([https://pt.wikipedia.org/wiki/Vocabul%C3%A1rio_controlado#:~:text=Em%20Biblioteconomia%2C%20segundo%20Maculan%20(2011,uma%20estrutura%20relacional%20ou%20alfab%C3%A9tica vocabulário controlado] ''versus'' [https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_natural linguagem natural]). A palavra '''
A primeira diretriz a ser considerada na elaboração de uma Política de Indexação é a motivação pela qual o usuário acessará o catálogo bibliográfico.  Está disposto claramente que o elemento '''uso'''  diz respeito diretamente à identificação das características do usuário e de suas necessidades informacionais. Coincidência, ou não, tal diretriz resgata o usuário como elemento primordial para a atividade de indexação, e remete à três das leis de Ranganathan. São elas:  a lei 2, a cada leitor seu livro; a lei 3, a cada livro seu leitor; e a lei 4, poupe o tempo do leitor. E um pouco mais adiante nos primórdios históricos dos estudos biblioteconômicos, os princípios básicos elaborados por Charles Ammi Cutter, o princípio do uso. O princípio do uso diz que as descrições dos assuntos devem ser feitas da forma usada pelo consulente e, por conseguinte, orienta a indexação em direção ao atendimento da necessidade do usuário.  É da estratégia de busca (o acesso e o uso da informação disseminada) - os termos usados pelo usuário nesta ação - que os termos adequados para indexação em um sistema de informação devem ser coletados ([https://pt.wikipedia.org/wiki/Vocabul%C3%A1rio_controlado#:~:text=Em%20Biblioteconomia%2C%20segundo%20Maculan%20(2011,uma%20estrutura%20relacional%20ou%20alfab%C3%A9tica vocabulário controlado] ''versus'' [https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_natural linguagem natural]).


==== SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE DOCUEMENTOS-FONTE ====
==== SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE DOCUEMENTOS-FONTE ====

Edição das 19h44min de 29 de outubro de 2024

  • ""Espaço Imaginário Marisa Monte""

BREVE APRESENTAÇÃO DO ESPAÇO IMAGINÁRIO MARISA MONTE

O Espaço Imaginário Marisa Monte está localizado no Instituto do Coração (InCor), unidade integrante do complexo hospitalar [http://www.hc.fm.usp.br/hc/portal/ Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), situado na cidade de São Paulo. O InCor é um hospital público universitário especializado em doenças cardiovasculares de alta complexidade, que atende pacientes infantis e adultos. O Espaço Imaginário Marisa Monte foi inaugurado em 24 de julho de 2023. Instalado em uma área de 140 metros quadrados na ala pediátrica, localizada no quinto andar da instituição, teve sua estrutura viabilizada por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas. Entidade sem fins lucrativos, reúne artistas, ativistas, músicos, médicos e membros da sociedade civil. Objetiva promover, em instituições de saúde e educação públicas, o desenvolvimento humano e o bem-estar por meio da arte e da criatividade. Para tanto, o Espaço oferece um ambiente de convivência multiuso, que inclui uma biblioteca para adultos e crianças, atividades artísticas e culturais coletivas, assim com oficinas e eventos. O projeto do Espaço é uma iniciativa da cantora Marisa Monte em parceria com a médica da Universidade de São Paulo (USP) Ludhmila Hajjar, e da Associação Portas.

A BIBLIOTECA

O Espaço Imaginário Marisa Monte conta com uma biblioteca física e virtual com curadoria, particularmente direcionada ao atendimento à missão compromissada pelo Espaço (aquela cujos processos de busca, de seleção e de classificação de conteúdos relevantes como fonte de informação constituinte no conjunto das especificidades de seu acervo baseiam-se em critérios definidos pela entidade). A Biblioteca do Espaço Imaginário Marisa Monte disponibiliza consulta ao seu acervo pelo endereço eletrônico https://eimm.pactaclara.com.br, que remete ao catálogo online (e sua interface de busca) construído no software PHL Elysio. Os aspectos administrativos acima descritos são parte imprescindível da fase de preparação para a elaboração da Política de Indexação para o Espaço Imaginário Marisa Monte. Nesta fase, identificam-se a instituição a qual sua biblioteca está vinculada, assim como seu contexto. Em seguimento, a etapa da preparação busca apresentar o destinatário (doravante sinonímia de usuário e público) ao qual o sistema de informação se destina.

USUÁRIOS

O Espaço e as atividades desenvolvidas no Espaço Imaginário Marisa Monte objetivam ser utilizados por todas as pessoas que frequentam o InCor, além dos pacientes, assim como acompanhantes, médicos, funcionários e enfermeiros. Segundo dados quantitativos, cerca de 20 mil consultas médicas foram realizadas pela instituição, em 2023. Somando-se a esse número a quantidade de pessoas e de profissionais que circulam pelas várias áreas que compõem o hospital, bem como a número de internações para tratamento médico, é possível considerar que os usuários potenciais da biblioteca física do Espaço Imaginário Marisa Monte seja considerado em torno de 50 mil pessoas. Por sua vez, o acesso ao catálogo eletrônico que reúne o acervo da biblioteca do Espaço Imaginário Marisa Monte alcançou o montante de pouco mais de 7 mil consultas, medidos em 26 de outubro de 2024, pouco mais de um ano após a inauguração do sítio. Destarte, confirmam-se as assertivas de que os catálogos bibliográficos on line compreendem uma verdadeira revolução não só nos processos biblioteconômicos de organização de itens e coleções e de automação de rotinas e serviços, como também por romperem com barreiras de espaço que impediam o acesso e o conhecimento acerca dos acervos das bibliotecas ao público, disponibilizando e compartilhando seus catálogos através da Web. Conhecer e identificar o público-alvo real ou potencial a que se destina o sistema de informação é parte indispensável da fase de preparação para a elaboração de uma Política de Indexação. A pertinência desse conhecimento o torna relevante para a construção desta Política quando se investiga também as necessidades e as áres de interesse desses usuários, e a tipologia da biblioteca do Espaço Imaginário Marisa Monte (instalada em um ambiente hospitalar, como recurso terapêutico alternativo) fornece contribuição para uma melhor compreensão desse aspecto.

INFRAESTRUTURA

A Biblioteca do Espaço Imaginário Marisa Monte é parte da organização social voltada ao bem-estar dos pacientes, internos e comunidade do InCor. Desse modo, sua infraestrutura está vinculada ao Espaço.

RECURSOS FINANCEIROS, MATERIAIS E FÍSICOS

Para se cumprir a etapa de desenvolvimento necessária à elaboração da Política de Indexação da Biblioteca do Espaço Imaginário Marisa Monte, é necessário que se identifique quais são os recursos materiais e físicos necessários para o atendimento à comunidade usuária. Desse modo, o acervo disponível de cerca de 3 mil títulos - também acessíveis para empréstimo à comunidade e aos pacientes do InCor - inclui livros de histórias infantis, arte e fotografia, pedagogia, sociologia, biografias, design, livros de atividades manuais, culinária e jardinagem, songbooks, livros de literatura brasileira e estrangeira, entre outros. O Espaço conta ainda com tablets, computadores, instrumentos musicais, música ambiente, acesso wi-fi e luzes coloridas com objetivo de tornar a experiência imersiva e multissensorial. Em continuidade, a etapa de desenvolvimento que antecede a elaboração da Política de Indexação da mesma forma impõe que se avalie os recursos financeiros necessários para criação e manutenção da biblioteca em todo seu funcionamento. A Biblioteca garante a composição de seu acervo, o curso de suas atividades e os recursos para o custeio de suas despesas administrativas e funcionais graças à sua gestão colaborativa, na qual a instituição mantenedora articula junto com uma rede de colaboradores verba monetária proveniente de orçamento institucional e de doações.

A POLÍTICA DE INDEXAÇÃO

INTRODUÇÃO

No presente, as bibliotecas e os centros de informação são testemunhas, sujeitos e participantes de um contexto informacional no qual mudanças decisivas e contínuas(tecnológicas, conceituais e estruturais) estão em andamento, afetando diretamente os procedimentos adotados para a organização da (imensurável, de certo modo opressiva) informação. O advento e a hegemonia da aplicação dos recursos digitais e dos ambientes virtuais nos processos biblioteconômicos, nas rotinas e nos serviços de biblioteca, ocasionaram vários fenômenos na área de tratamento da informação. Por serem o principal meio pelo qual a informação é procurada autonomamente pelo usuário (consequentemente, por ele recebida), os catálogos bibliográficos on line das bibliotecas devem ser construídos a partir de registros que considerem as especifidades tanto da instituição que abriga o acervo quanto de seu público-alvo. Elaborados de forma cooperativa, comumente os metadados inseridos nos catálogos apresentam problemas na descrição das características físicas de um documento, ocasionados pela precariedade dos procedimentos adotados em sua elaboração ou mesmo a ausência da adoção de uma política de indexação dotada de diretrizes adequadas e bem definidas. Para organizar a informação contida em cada item de seu acervo, a biblioteca operacionaliza a descrição tanto da forma (autor, título, número de páginas, dimensões, edição, editora, data de publicação, por exemplo) quanto do conteúdo (o número de classificação a partir do CDU ou do CDD, os controles de autoridade, o resumo do documento, por exemplo) dessa materialidade. Destarte, na construção de catálogos on line, a articulação entre os processos de catalogação de assuntos e de indexação - que lhes conferem condição de complementaridade - é responsável pela imprescindibilidade da elaboração e do uso de uma Política de Indexação, a qual conferirá à tarefa dos bibliotecários da instituição aporte e instrumentalização de seus procedimentos.

O MANUAL DE INDEXAÇÃO

Cumpre destacar, novamente, a importância da Política de Indexação como instrumento-base cuja finalidade age em direção ao cumprimento dos objetivos institucionais, organizacionais e profissionais propostos em consideração à comunidade usuária real e potencial e ao seu contexto, à medida em que posiciona a conduta teórica e prática do bibliotecário indexador em relação ao tratamento da informação. Outrossim, os processos dinâmicos que estão envolvidos na atividade de indexação - sujeitados a todo tipo de variação linguística, ao contínuo movimento de rearranjo semântico e à crescente multi, inter e transdisciplinaridade que atravessam as áreas do conhecimento (que tornam imperativo que se implemente formas para que a política de indexação possa ser observada e, em caso de precisão, continuadamente avaliada e modificada) - preferencialmente devem ser descritos e registrados em manuais de indexação. Segundo Fujita e Gil Leiva (2012, p. 175), "O manual de indexação deve integrar o rol de documentação oficial de uma biblioteca, estar descrito em ordem lógica de etapas a serem seguidas para a análise de assuntos, fornecer as regras, diretrizes e procedimentos para o trabalho do indexador e, principalmente, conter os elementos constituintes da política de indexação adotada por um sistema de informação". Para tanto, deve compor-se em um conjunto de três guias (fornecendo meios pelos quais a política de indexação pode ser verificada), como disposto a seguir:

  • Manual de operação ou procedimentos: descreve a atividade de indexação de modo geral
  • Manual de política: aponta diretrizes como o intuito de articular a indexação e os indexadores
  • Manual de organização: repositório para experiências de indexadores

PROPOSTA PARA UMA POLÍTICA DE INDEXAÇÃO

A elaboração de uma Política de Indexação envolve três fases. As duas primeiras, as de preparação e de desenvolvimento, devem ser observadas antes da implantação da Política. A terceira, a fase de avaliação, preceita um modelo avaliativo do produto elaborado ora em questão, a ser aplicado pela equipe da biblioteca. Na fase de preparação, conforme já explicitado nesse documento, identificam-se a instituição a qual a biblioteca está vinculada, assim como contexto em que está inserida. Em seguimento, a etapa da preparação busca apresentar o destinatário (doravante identificado pelo termo usuário) ao qual o sistema de informação se destina. Por sua vez, a fase de desenvolvimento está vinculada à adoção de "de decisões e diretrizes [que] deverá corresponder aos objetivos e à filosofia da biblioteca, da organização na qual está inserida e dos usuários atendidos" (Fujita; Gil Leiva, 2012, p. 176). Cumpridas essas três fases para sua elaboração, a Política de Indexação é composta por dezoito elementos, que deverão ser entendidos como diretrizes para o tratamento temático da informação.

USO

A primeira diretriz a ser considerada na elaboração de uma Política de Indexação é a motivação pela qual o usuário acessará o catálogo bibliográfico. Está disposto claramente que o elemento uso diz respeito diretamente à identificação das características do usuário e de suas necessidades informacionais. Coincidência, ou não, tal diretriz resgata o usuário como elemento primordial para a atividade de indexação, e remete à três das leis de Ranganathan. São elas: a lei 2, a cada leitor seu livro; a lei 3, a cada livro seu leitor; e a lei 4, poupe o tempo do leitor. E um pouco mais adiante nos primórdios históricos dos estudos biblioteconômicos, os princípios básicos elaborados por Charles Ammi Cutter, o princípio do uso. O princípio do uso diz que as descrições dos assuntos devem ser feitas da forma usada pelo consulente e, por conseguinte, orienta a indexação em direção ao atendimento da necessidade do usuário. É da estratégia de busca (o acesso e o uso da informação disseminada) - os termos usados pelo usuário nesta ação - que os termos adequados para indexação em um sistema de informação devem ser coletados (vocabulário controlado versus linguagem natural).

SELEÇÃO E AQUISIÇÃO DE DOCUEMENTOS-FONTE

COBERTURA DE ASSUNTO

CAPACIDADE DE CONSULTA A ESMO

ESTRATÉGIA DE BUSCA

CAMPOS E SUBCAMPOS DO FORMATO LILACS

DETALHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À LEITURA DOCUMENTÁRIA

ESCOLHA DA LINGUAGEM DOCUMENTÁRIA

CONSISTÊNCIA/UNIFORMIDADE

ADEQUAÇÃO

CAPACIDADE DE REVOCAÇÃO E PRECISÃO DO SISTEMA

ESPECIALIDADE

EXAUSTIVIDADE

SÍNTESE

ECONOMIA

FORMAÇÃO DO INDEXADOR

FORMAS DE SAÍDA DOS RESULTADOS

AVALIAÇÃO DO SISTEMA

REFERÊNCIAS

Marisa Monte batiza espaço no Instituto do Coração da USP. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/saude/marisa-monte-batiza-espaco-no-instituto-do-coracao-da-usp . Acesso em: 23 out. 2024.

FUJITA, Mariângela Spotti Lopes; GIL LEIVA, Isidoro. Política de Indexação. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. ISBN 9788579831997. Disponível em : https//www.marilia.unesp.br//Home/Publicacoes/politica-de-indexacao_ebook.pdf